Livros com animais selvagens para soltar a imaginação - e as feras

01/03/2024

Animais selvagens são aqueles que vivem na natureza, sem contato com humanos - em liberdade total! Ao contrário de cães e gatos, completamente acostumados ao ambiente doméstico - os animais de que estamos falando vivem longe das cidades - na savana, na tundra, na selva, no deserto e no fundo do mar. Há os grandes e perigosos como o leão, o urso, o tigre e o elefante. Mas há também os mais inofensivos - como pássaros, macacos, preguiças, tatus. 

Ilustração do livro A marcha das baleias

Já imaginou o estrago que três baleias orcas fariam perambulando pela cidade? Ilustração do livro A marcha das baleias

Nos livros infantis, esses animais selvagens são presença - e muitas vezes, é por meio dessas histórias que eles são apresentados às crianças. Ora os bichos dão as caras em seu hábitat natural, ora protagonizam situações imaginárias, trazidos para cenários improváveis com comportamentos humanizados - capazes de falar, tomar banho de banheira - e até organizar uma eleição.


Confira histórias em que animais selvagens são os protagonistas:


Lá longe (Pequena Zahar, 2023), de Carolina Moreyra e Odilon Moraes

Capa de Lá longe

 Na cidade, o despertador do menino toca - na mata, o jacaré, o cervo e o tucano também abrem os olhos. Na cidade, a panela do almoço está sobre o fogão. Na mata, os animais abrem a boca e soltam: Huuuum.  Os paralelos entre a selva e a civilização são costurados em uma dicotomia delicada que deixa transparecer o fascínio que exerce a natureza e o fio invisível que nos conecta a ela. Distantes, mas tão, tão próximos.


Crá-crá de tucano (Brinque-Book, 2023), de Roberta Asse

Capa de Crá-crá de tucano

O dia começa. E os filhotes começam a chegar. Tsá tsi fazem os micos. Trrrr ecoam os sapos. E cada família de bicho vai despertando. Inspirada em uma experiência de musicalização e com muitas onomatopeias, a obra apresenta aos pequeninos vários animais típicos da fauna brasileira.


A marcha das baleias (Brinque-Book, 2022), de Nick Bland

Capa de A marcha das baleias

As baleias resolveram sair do fundo do mar e subiram à superfície. E elas têm um excelente motivo. Nesta distopia impossível - mas que seria perfeitamente justificável - as baleias passam a habitar nossa civilização, trazendo caos e diversão. Mas o livro faz mergulhar em uma questão bem real: os danos ambientais que estamos provocando ao planeta e as consequências enfrentadas pelos animais.


Baleia na banheira (Companhia das Letrinhas, 2020), de Susanne Strasser

Capa Baleia na banheira

Por mais improvável que seja uma baleia caber na banheira, neste livro ela está muito bem acomodada em sua hora do banho. Até outros animais vão aparecendo e pedindo para entrar na banheira também…Só que o banho vai ficando cada vez mais apertado. E para fugir do sufoco, a baleia faz o sabe fazer melhor: mergulhar!


Palmas para o bicho que ele merece! (Companhia das Letrinhas, 2023), de Lalau com ilustrações de Laurabeatriz

Capa de Palmas para o bicho que ele merece!

O que é aquela barriga peluda atrás da árvore? Neste livro, a brincadeira é clara: quando você encontrar o animal escondido deve bater palmas. Assim, página por página, vamos conhecendo vários integrantes da fauna brasileira: do tuiuiu ao macaco muriqui, passando pela onça pintada.


A eleição dos bichos (Companhia das Letrinhas, 2018), de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun

Capa de A eleição dos bichos

O leão, que sempre foi o “rei” da selva, se revelou um líder pra lá de autoritário… Imagine que até a água do rio ele desviou só para construir uma piscina exclusiva, em frente à sua toca. E os animais se revoltaram. Era hora de escolher um novo soberano para a floresta… mas quem? 


Leocádio, o leão que mandava bala (Companhia das Letrinhas, 2018), de Shel Silverstein

Era uma vez um leão que vivia sossegado  em sua floresta até ser incomodado por um bando de caçadores. Com medo, ele fugiu. Mas logo tratou de inverter a situação: devorou um caçador e foi aos poucos tomando o lugar do opressor. Aprendeu a atirar, passou a se vestir como gente, comer como gente e logo ganhou muito prestígio… mas será que se sentiu feliz? Uma fábula contemporânea que faz refletir sobre poder, status e o verdadeiro sucesso.


Três tigres tristes (Brinque-Book, 2014) de Nina Barbieri com ilustrações de Fernando Vilela

Fale depressa se for capaz: “Três tigres tristes listrados dos trópicos trafegavam num trator, enquanto traçavam três travessas com trocentos trigos trazidos de Trieste por triunfantes trovadores de trava-línguas”. O clássico ditado dos tigres - usado na cartilha para aprender dígrafos - ganhou continuidade com uma história divertida, ilustrada com materiais diversos - de lápis de cor a carimbo. 


Tem lugar pra gente? (Brinque-Book, 2021), de Kate Temple

A saga de uma família de leões marinhos que precisa procurar outro lugar para morar traça uma metáfora gentil, mas poderosa sobre a questão do refúgio. A história espera o leitor com uma surpresa: ao lê-la de trás para frente, toda  a perspectiva muda.

LEIA MAIS: O futuro das crianças (e da humanidade) é ancestral e acontece agora

Compartilhe:

Veja também

Voltar ao blog